AUTOLESÃO EM ADOLESCENTES - A informação é uma valiosa ferramenta para a prevenção
- Psicóloga Daniela Coelho Andrade - CRP 11/08656
- 25 de nov. de 2022
- 2 min de leitura

Quando estamos adequadamente informados, podemos lidar melhor com sofrimentos emocionais e suas tantas formas de expressões. É comum a compreensão da autolesão como falta de força de vontade ou uma forma de chamar a atenção. MAS NÃO É ISSO! A autolesão é como uma estratégia para externalizar o sofrimento emocional individual.
Como quase tudo que diz respeito ao sofrimento emocional, o comportamento autolesivo também têm diversos significados. Quando o adolescente se sente julgado, acaba silenciando e não pedindo ajuda, pois quem passa por essas situações pode ter medo ou vergonha de falar sobre o que vem sofrendo.
A falta de conhecimento adequado sobre autolesão e várias outras situações vivenciadas pelos adolescentes faz com que quem poderia ajudar não saiba bem o que falar ou fazer nessas situações. Anteriormente conhecida como automutilação, a autolesão é qualquer dano causado à pele de modo intencional, não necessariamente associada à morte.
FATORES DE RISCO
Vulnerabilidade social e emocional
Dificuldades e conflitos familiares ou interpessoais
Abuso físico e/ou sexual
Abuso de álcool e drogas
Questões de ordem psiquiátrica (ansiedade, depressão, transtornos de; humor, personalidade, alimentares)
Bullying, Cyberbullying
Dificuldades de adaptação
Impulsividade
Rigidez de pensamento
Pouca tolerância
Relacionamento conturbado com o próprio corpo ou sexualidade
Questões relativas à sexualidade
Muitos adolescentes experimentam a autolesão por curiosidade. Infelizmente alguns deles encontram nesse comportamento um alívio e permanecem a se machucar diante de acontecimentos, sensações e sentimentos difíceis deles lidarem sozinhos. Por isso, é fundamental que sejam acolhidos e devidamente acompanhados por um profissional de saúde mental.
COMO AJUDAR
Demonstre que se preocupa e que deseja ajudar, mesmo não concordando ou não entendendo
Acolha de forma empática, tranquila e compreensiva
Mostrar respeito e disposição para ouvir
Identifique se o adolescente está passando por situações de violência como bullying, cyberbullying
Busque um profissional de saúde de sua confiança, ou um profissional de saúde mental que pode ser um psicólogo ou um psiquiatra
O que NÃO fazer
Reagir exageradamente
Demonstrar pânico, espanto, repulsa/nojo
Julgar ou minimizar o sofrimento;
Ameaçar ou gritar para interromper a autolesão
Mostrar interesse excessivo
Falar sobre o comportamento em público ou pedir/forçar a mostrar ferimentos
Fotografar os machucados
Não prometer segredo sobre o comportamento autolesivo
Dar atenção em excesso às lesões e perguntar com frequência sobre o comportamento.
LEMBRE-SE: A autolesão é como uma estratégia adotada pelos adolescentes em situação de vulnerabilidade emocional e com insuficientes recursos internos para externalizar o sofrimento. Informação e sensibilidade salvam vidas! Acolha e busque ajuda especializada!
Desejando mais informações, deixo a sugestão de leitura da cartilha Autolesão [livro eletrônico] : guia prático de ajuda / [Karen Scavacini...[et al.] ; ilustração Kamguru Design]. -- São Paulo : Instituto Vita Alere de Prevenção e Posvenção do Suicídio, 2021. PDF. Disponível gratuitamente no site do Instituto Vita Alere de Prevenção e Posvenção do Suicídio.
Sobre 🌻 Viver
PSICOLOGIA CLÍNICA
Daniela Coelho Andrade
Psicóloga - CRP 11/08656
Esp. Logoterapia e Análise Existencial
Atendimento de Adolescentes, Adultos e Casais
Presencial e On-line
Celular: (88) 9 9752.0900
Clinicrato, Praça da Sé, nº 93, Centro, Crato-CE
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