Morte: certeza transformadora
- Psicóloga Daniela Coelho Andrade - CRP 11/08656
- 19 de abr. de 2021
- 2 min de leitura

Somos seres mortais e temos como nossa principal característica a consciência de nossa finitude, mas em muitos momentos agimos como se a finitude não fosse algo real e passamos a nos proteger do medo da morte. Assim, nos limitando por medo de morrer, não vivemos e esse não viver pode corresponder a morrer e surge a morte em vida, como explica a psicóloga Maria Júlia Kovács.
O que tem importância é se a atitude que temos em relação à morte possui influência no modo como vivemos nossa vida.

Viktor Frankl ressalta a relação entre consciência da morte e responsabilidade diante da vida ao afirma que “a finitude, a temporalidade, não é apenas, por conseguinte, uma nota essencial da vida humana; é também constitutiva do seu sentido. O sentido da existência humana funda-se no seu caráter irreversível. Daí que só se possa entender a responsabilidade que o homem tem pela vida quando a referimos à temporalidade, quando a compreendemos como responsabilidade por uma vida que só se vive uma vez”.
Portanto, ao não ser negada a realidade de nossa finitude passamos a nos preocupar com o tempo e assim buscamos um sentido para a vida. Ou seja; enfrentar a realidade da morte inevitável para todo ser humano, transforma o modo como conduzimos nossa existência.
🌻🍃
Daniela Coelho Andrade
Psicóloga Logoterapeuta
CRP 11/08656
88 997520900
danielacoelhopsi@outlook.com
Literatura sugerida:
FRANKL, V. E. Psicoterapia e sentido da vida: fundamentos da Logoterapia e análise existencial. 4. ed. São Paulo : Quadrante, 2003.
KOVÁCS, M. J. Morte e desenvolvimento humano. São Paulo: Casa do Psicólogo, 1992.
KROEFF, P. Morte: certeza transformadora. In.: OLIVEIROS, O. L; KROEFF, P. Finitude e sentido da vida : a logoterapia no embate com a tríade trágica. Vol.1. Porto Alegre : Evangraf, 2014.
📷 @teoeominimundo : Tirinha do livro Téo & O Mini Mundo - O Lugar do Outro (Livro 2).
Texto da tirinha:
– Algumas pessoinhas corajosas negam que podem morrer.
– No fundo elas estão morrendo...
– ...de medo.
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