O preconceito como barreira para saúde mental
- Psicóloga Daniela Coelho Andrade - CRP 11/08656
- 15 de nov. de 2020
- 2 min de leitura
Atualizado: 21 de abr. de 2021

Mesmo com tantos esclarecimentos divulgados por diversos meios, o preconceito com doenças mentais e seus tratamentos ainda é muito forte. Isso acaba fazendo com que pessoas se sintam intimidadas e desencorajadas a buscar tratamentos especializados para transtornos de ansiedade, depressão, estresse pós-traumático, transtorno de pânico, entre outras possibilidades.
A depressão, por exemplo, é compreendida de modo bastante equivocado como “frescura”, “fraqueza de caráter”, “preguiça”, como algo que possa ser resolvido apenas com “orações”, “força de vontade” ou exclusivamente com tratamento medicamentoso. A depressão possui origem neurobiológica (resultante de um desequilíbrio do funcionamento de alguns neurotransmissores no cérebro) como também de origem psicológica (resultante de uma crise existencial de origem multifatorial). A soma dos tratamentos médico e psicoterápico é fundamental, pois a depressão possui vários sintomas como apatia, desânimo, perda do interesse pelas atividades que tinha hábito de fazer, alterações do sono, tristeza contínua e profunda, como também pensamentos negativos como culpa, ideias de fracasso, incapacidade, pensamentos de morte, falta de libido e de apetite, entre outros. Portanto, o tratamento da depressão envolve antidepressivos associados à psicoterapia que busca trabalhar os aspectos emocionais da pessoa buscando potencializar seus recursos para enfrentamento da crise. Vale ressaltar que a depressão é uma doença grave, que deve ser tratada o mais cedo possível para que assim possa evitar que ela se torne crônica.
Cada um de nós encontra o seu modo único de lidar com momentos de crises que nos impõe a necessidade de avaliarmos os nossos recursos de enfrentamento. Ninguém age e reage aos desafios da vida da mesma forma que nós! Por isso, não é coerente exigir que alguém esteja bem, com uma visão otimista diante de uma crise, isso pode ser uma atitude opressora. O coerente é buscar potencializar os recursos da pessoa se disponibilizando e apoiando na buscar por ajuda profissional.
Caso você perceba que uma pessoa esteja vivenciando questões relacionadas a depressão, transtornos de ansiedade, de pânico, bipolaridade, fobias, etc., compreenda que ela pode estar enfrentando uma doença como qualquer outra, igualmente exigindo tratamento com psicoterapia e, possivelmente, algumas medicações específicas que somente um médico psiquiatra poderá avaliar a necessidade de cada caso. Vencer os preconceitos sobre tratamento psiquiátrico e psicoterápico e buscar uma avaliação detalhada para a partir de um diagnóstico iniciar o melhor tratamento é a melhor escolha para vencer a doença, resgatar o bem-estar e a qualidade de vida.
Portanto, busque informação e orientações através de um especialista em saúde mental e esclareça todas as suas dúvidas. Somente desta forma poderemos desconstruir as barreiras do preconceito, estigmatização e tabus sobre as doenças mentais e construir caminhos de salvar muitas vidas!
Daniela Coelho Andrade
Psicóloga - CRP 11/08656
Abordagem Logoterapia Psicoterapia On-line e Presencial
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